quinta-feira, 30 de julho de 2009
Front of
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Pour arriver jusqu'à toi... Lune.
Qui là-haut s'allume
Sur
Les toits de Paris
Vois
Comme un homme
Peut souffrir d'amour
Bel
Astre solitaire
Qui meurt
Quand revient le jour
Entends
Monter vers toi
La chant de la terre
Entends le cri
D'un homme qui a mal
Pour qui
Un million d'étoiles
Ne valent
Pas les yeux de celle
Qu'il aime
D'un amour mortel
Lune
Lune
Qui là-haut s'embrume
Avant
Que le jour ne vienne
Entends
Rugir le cœur
De la bête humaine
C'est la complainte
De Quasimodo
Qui pleure
Sa détresse folle
Sa voix
Par monts et par vaux
S'envole
Pour arriver jusqu'à toi
Lune!
Veille
Sur ce monde étrange
Qui mêle
Sa vois au chœur des anges
Lune
Qui là-haut s'allume
Pour
Éclairer ma plume
Vois
Comme un homme
Peut souffrir d'amour
D'amour
domingo, 19 de julho de 2009
Pelo sonho é que vamos
Pelo Sonho é que Vamos, Sebastião da Gama
E depois sentaste-te, com as pernas ainda um pouco a tremer e as imagens pouco nítidas. Havias acabado de o dizer a toda gente. "Basta a fé no que temos./Basta a esperança naquilo/que talvez não teremos". Pelo sonho é que vamos. Foi o que escolheste para te levantares, nesse dia, e proclamares perante o mundo inteiro. Éramos poucos, na verdade, mas foi como gritar para que todo o mundo pudesse ouvir. É irónico, não é? Acabou por ser um grito com a voz embargada, nesse dia que prometia ser solene... "Não vás", disseram-te, "ninguém estaria em condições e não precisas de fazê-lo, sobretudo hoje". Mas tu achavas que sim e avançaste com a determinação de quem jurou lembrar tudo o que vivemos.
Nessa manhã, o telefone tocou. A madrugada havia sido longa, prolongando o dia anterior pela noite que não dormiu; mas a manhã acabou por raiar, trazendo consigo apenas uns escassos momentos de descanso, justamente até àquele momento. Muito ao longe, pareceu-te que alguém tocava à porta, mas depois nada mais se ouviu e logo tudo se desvaneceu nessa mesma fugacidade com que chegara; julgavas que o tumulto era apenas parte de um sonho. E depois foi o telefone... Contudo, desta vez parecia mesmo real. Sempre prometeste que um dia irias aprender a desligar o telefone durante a noite, mas sempre adiaste esse dia para o dia seguinte. Talvez amanhã o faças. Hoje ainda não.
E atendeste, não conseguindo distinguir se te encontravas ainda na manhã de ontem ou já na véspera de amanhã. Uma voz de choro. Eram lágrimas, mas não palavras, que se ouviam ou que, na realidade, tentavam fazer-se ouvir, no meio de tudo. Ao longe, muito ruído. E foi tudo muito confuso, tão confuso que, ainda antes de perceberes uma palavra que fosse do que tentavam dizer-te, já tinhas compreendido tudo. Como se te tivessem apanhado de surpresa, mas já o soubesses. Acontecera. Mas como pudera deixar-nos sem sequer nos despedirmos? Não, não é possível. Este dia só deveria chegar muito tempo depois, quando, passado tudo o que devera ter-se passado, tivéssemos dito essa palavra que foi feita para não ser dita.
Adeus. Nunca tivemos essa oportunidade. Nunca no-la deram, também... E agora, como vais descobrir o que foi que ficou por dizer? Como pode ser que esse momento que todo o sentido nos dá seja esse mesmo que tudo nos leva também?
Mas não estavas na disposição de o permitir, nesse dia. Não! Não é verdade. Não pode ser verdade, porque sempre prometemos que este dia só chegaria depois de dizermos o quanto tudo foi importante, o quanto todos esses momentos que vivemos tiveram um sentido, o quanto todos esses dias nos trouxeram vida. E negaste-o, só tu sabes como o negaste com todas as forças do teu ser, porque só podia existir o que fosse lógico e racional. E isto não era, nem nunca o poderia ser, muito simplesmente. E assim o disseste a quem te quisesse ouvir, que não era verdade, que, por tudo aquilo que poderia fazer sentido, isto nunca poderia ser verdade.
Ah, como a juventude dos teus dias ainda te permitia nesse dia que o dissesses sem que não pensassem todos que era apenas um rasgo inocente daquela dor imaculada de alguém que está a aprender a senti-la pela primeira vez. Mas tu continuaste sempre a negá-lo, mesmo que já não o dissesses ou admitisses. E até que ponto não continuarás ainda a negá-lo? Quando esperas que o telefone toque para dizer que afinal era aquilo que tinham para te dizer e nunca chegaram a dizer-to, porque não tiveram tempo. Quando receias caminhar na plena escuridão de uma madrugada sombria e os reflexos brancos te gelam o âmago. Quando compreendes agora aquela ausência que tanto condenaste e que justificas agora como o gesto de altruísmo (que, ainda assim, continuas a contestar com todas as tuas forças) de quem tentava apenas poupar-te à dor de dizer aquela palavra que tudo leva consigo. Adeus. Ou até quando repetes para ti que, se calhar, até o que nunca poderá ter um sentido acaba por ter uma justificação em si. E assim, mesmo quando pareces aceitá-lo para ti, continuas a negá-lo.
De resto, juraste que estarias sempre à altura de tudo. Que levarias agora em ti o fulgor de - já não uma! -, mas duas vidas, o querer de duas vontades, o bater de dois corações. Juraste dar mais dias e mais vida a quem deixaram de os contar. E, no mais íntimo de ti, continuas a acreditar que algum dia lhos hás-de restituir, quanto te disserem que, efectivamente, nada daquilo aconteceu de verdade, porque só existe o que é real. E só pode ser real o que faz sentido.
Porque juraste levar em ti a vida que pertence a duas vidas, pela justiça que tem que haver.
Dizem que tudo se passou no dia de um santo. Pois que a todos nos abençoe!
"Não vás. Não precisas de o fazer, sobretudo hoje." Levantei-me. As pernas a tremer, a voz embargada. Levantei-me. Levantei-me e pude gritar. Levantei-me e pude chorar. Levantei-me e pude chorar-te, pelo menos uma vez (porque, de resto, recusei-me sempre a fazê-lo depois). Mas levantei-me.
Pelo sonho é que vamos.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
I just died in your arms tonight
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Odes de Reis...a Ricardo
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
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Não quero as oferendas
Com que fingis, sinceros,
Dar-me os dons que me dais.
Dais-me o que perderei,
Chorando-o, duas vezes,
Por vosso e meu, perdido.
Antes mo prometais
Sem mo dardes, que a perda
Será mais na esperança
Que na recordação.
Não terei mais desgosto
Que o contínuo da vida,
Vendo que com os dias
Tarda o que espera, e é nada.
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Quer pouco, terás tudo.
Quer nada: serás livre.
O mesmo amor que tenham
Por nós, quer-nos, oprime-nos.
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Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afectos, tenha a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre; quem não tem, e não deseja,
Homem, é igual aos deuses.
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Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
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Aguardo, equânime, o que não conheço -
Meu futuro e o de tudo.
No fim tudo será silêncio, salvo
Onde o mar banhar nada.
O caminho é por ali
O que é ser naturalmente bom? Ou naturalmente mau? Ou naturalmente digno? Existe um ser naturalmente bom? O que é o Bem? O que é o Mal? O que é a verdade? O que é a vida? O que é hoje? O que foi ontem? E o que será amanhã?
Vem, irmão, aproxima-te, levanta o véu da incerteza, o inexorável manto do ludíbrio que teimam em colocar ante meus olhos. Olhos já tão gastos, esses, de fixar o Horizonte. Olhos já tão gastos, esses, de procurar o "por-vir" onde o céu abraça o mar. Olhos já tão gastos, esses, de te buscar incessantemente nessas madrugadas de tão longa espera, ó mãe, que és tu, de todas as respostas e certezas.
Mas o que fizerem do meu entendimento? "O caminho é por ali", recordam-me essas vozes que foram, passadas que são. E eu pergunto, com essa mesma inocência com que partimos, com esse mesmo triste e ledo sorriso de quem ainda finge acreditar que algum dia vai chegar: "Quanto tempo falta? Ainda falta muito? Quanto tempo falta? Quando chegamos? Ainda falta muito?" Interrogações condenadas a ecoar no espaço-tempo e a não se propagarem nesse algo que é o vazio. Oh, glória de estradas percorridas, saudade daquele tempo que trazia as respostas ao tempo da saudade que lá ficou também, passado que foi!
E hoje? Porque me castigais pelo mal em que nunca acreditei? Ou pelo bem a que, findo o momento, nunca renegarei? Porque lançais sobre meus ombros, já tão rasgados que estão por essas lâminas da dor e da incerteza, o peso deste espaço que dizem não ter fim; este espaço que dizem não ter fim pelo prolongamento que vai construindo de si próprio, e em si próprio. Se o constrói dentro de si próprio, será a origem de tudo a conhecer constantemente o limite do infinito? E o que vem depois do limite do infinito? O que poderá essa origem de tudo ver constantemente que nós não vemos? O que será isso que ela teima em empurrar, por capricho daquilo que se constrói dentro de si mesmo? O que está depois de tudo? E o que virá depois de tudo o que está depois de tudo?
O nada?
E o que está depois do nada? E o que virá depois do que vem depois do nada?
O fim ou o princípio? A verdade ou a vida? "O caminho é por ali", mas tudo é tão longe e tão vão. Para onde vamos? Por onde seguimos?
"O caminho é por ali", dizeis, mas onde é Ali?
Brothers in arms
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Life in slow motion...
Was letting go, not taking part
That was the hardest part
And the strangest thing
Was waiting for that bell to ring
It was the strangest start
I could feel it go down
Bittersweet, I could taste in my mouth
Silver lining the cloud
Oh and I...
I wish that I could work it out
And the hardest part
Was letting go, not taking part
You really broke my heart
And I tried to sing
But I couldn’t think of anything
And that was the hardest part
I could feel it go down
You left the sweetest taste in my mouth
You're a silver lining the clouds
Oh and I...
I wonder what it’s all about
Everything I know is wrong
Everything I do, it's just comes undone
And everything is torn apart
Oh and it’s the hardest part
That’s the hardest part
Yeah that’s the hardest part
That’s the hardest part