terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Electroforesis...

...sucks, you said.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

No more lonely nights. Never be another


Definitely back to the 80s.
And no more lonely nights.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Prolongue a vida da sua máquina... Com Calgom!

Problemas de calcário? Pois é, parece que os anticalcários mais baratos não protegem verdadeiramente a sua máquina... Ora escutemos a Pandilha!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Absolute beginners

I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
But I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same

If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true

Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed

If our love song
Could fly over mountains
Could sail over heartaches
Just like the films
If it's reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true.


And it seems that I'm finally a proud absolute beginner! Just like the Wanderer above the Mists I'll search the world and I'll fight hard to conquer my dreams. Always and forever. Until the end. The road is waiting. Let's take it!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

The Wanderer above the Mists

E porque acho que chegou a altura de dizer em repeat... Hoje digo em repeat. Hoje peço em repeat.

Can you wait there for so long?
Can you be there if I fall?
Can you fall and stay strong?
Can you dry your eyes and laugh?
Can you show me your heart once more?
Can you breathe a new life now?
Can I freeze this moment with you?
Can my hand fix your heart and you?
Did you ever touch the ground?
Can we sing 'out of time' in repeat, and look both of us underneath?
Or forget and reset?
Cause the beat will change your life,
and the sweat will turn you on,
and your veins will shine outside.
In Repeat by The Gift

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim serei. Deixem-me ser e prometo que assim serei. E sê-lo-ei em repeat...

sábado, 5 de setembro de 2009

Quando me dizes "Vem por aqui"...

Eu respondo...

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

domingo, 30 de agosto de 2009

Com que voz... que em tão dura paixão me sepultou.

que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado.

Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, pois se mudou
em tristeza a alegria do passado.

Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.

De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.

Luís Vaz de Camões

Com que voz? Com que voz? Com que voz?

Ao desconcerto do mundo

Esparsa ao desconcerto do mundo

Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o mundo concertado.

Luís Vaz de Camões

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Because you won't think about it. You know I think about it.

"This time you're choking with your words
Staring your face, faking an end
You act a dream that it's not yours
You pretend and perform, don't you ever stop trying"
in Actress (AM-FM). Film. The Gift


Because...

You won't think about it! You won't think about it! You won't think about it!
You know I think about it. You know I think about it. You know I think about it.

And you won't think about it...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Newton's Cradle


Newton's cradle, named after Sir Isaac Newton, is a device that demonstrates conservation of momentum and energy. It is also known as an executive ball clicker.

The animated image above shows a typical Newton's cradle; a series of identically sized metal balls suspended in a metal frame so that they are just touching each other at rest. Each ball is attached to the frame by two wires of equal length angled away from each other. This restricts the pendulums' movements to the same plane.

If one ball is pulled away and released, it falls and appears to come to a dead stop on hitting the other balls. The ball on the opposite side of the series appears to instantly acquire the speed of the first ball and swings in an arc that one would expect of the first ball.

The intermediate balls appear stationary. In fact, the cradle continues to work even if the intermediate balls are physically clamped still. This is also counter intuitive - transmitting motion without moving. What actually happens is that the first impact produces a shock wave that propagates through the intermediate balls.

The behaviour of a pendulum follows from the conservation of momentum and kinetic energy only in the case of two pendulums. Indeed, if there are r pendulums there are also r unknown velocities to be calculated from the initial conditions. An additional condition for the observed outcome is that a shock wave has to propagate without dispersion through the chain.

...................................................................................................

"Oh Newton, release this apple from its earthly shackles and live to fight another day".

Because love... Love will tear us apart again.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Why does my heart feel so bad?

Why does my heart feel so bad?. Moby. Play. 1999

Why does my heart feel so bad?
Why does my soul feel so bad?

These open doors, these open doors.

sábado, 1 de agosto de 2009

Say nothing but... Truth. I just wished it was true.

Truth... Porque neste momento só me apetece ouvir estas palavras, que brotam da essência de cada melodia. Truth... Porque neste momento só me apetece ouvir a verdade que me chega da tua voz. Truth... Porque neste momento só isto faz sentido. Truth... Porque neste momento só queria dizer: I wish it was true. Truth. The Gift. Vinyl. 1998

E porque toda uma vida cabe no Vinyl.

How could you hurt me like this?
How could you fear me like this?
I know that all the words are just words
I think that you don't know what it means
I think that it might be true
I think I've been a fool
Oh, don't you think?
All I've done, all I've said
All I've read, it was for real
It was for real
But I know that
That dreams are just dreams
And I know that
You're not what it used to be love
Oh love
Oh love
All I've done, all I've said
All I've praid, it was for real
All I've known, all I've feared
All I've said it was for real
How could you hurt me like this?
How could you fear me like this?
I know that all the words are just words
It can't be real

Truth by The Gift

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Front of

Talvez a melhor música de sempre. Perfeição? A perfeição sentida. A perfeição procurada. A perfeição encontrada. A perfeição merecida, a perfeição sentida, a perfeição verdadeira. Front Of. The Gift. Film. 2001 (apesar de ter nascido na Vinyl Tour).

Stop breathing allow me to repeat
Keep breathing I guess it won't disturb
Keep breathing the road is getting long
Maybe I will find you in another place
Maybe I will find you with somebody else
Keep breathing life is hard to play
Keep breathing we haven't found the way
Stop breathing this game it makes no sense
Stop breathing
Maybe I will find you in another place
Maybe I will find you with somebody else
The things that they said us
The things that we run off
Though we try to move over
After all that we saw
The stage is clear, the view is soft
But it's so cold, warm enough
The game is set, and too much players again,
And here we are, in front of them again
Keep breathing, I'm glad to see you back
Keep breathing I thought we would give up
Stop breathing their eyes will catch our soul
Stop breathing their ears will break our mind
Keep breathing and join the carrousel
Stop breathing pretend a pantomime
Keep breathing today we woke up blue
Stop breathing perhaps we lay down dark
Keep breathing I'm trying to get some sleep
Stop breathing allow me to repeat
Keep breathing and join the carrousel
Stop breathing
And dark, and blue, and again
Maybe I will find you in another place
Maybe I will find you with somebody else
Keep breathing I'm trying to get some sleep
Stop breathing allow me to repeat
Keep breathing this game it makes no sense
Stop breathing
Maybe I will find you in another place
Maybe I will find you with somebody else

Front Of by The Gift


Front of. In front of. In front of me. In front of me, myself and I. In front of me. Anymore. Why?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Pour arriver jusqu'à toi... Lune.

Lua, astro solitário, ensina-nos essa tua glória de viver, mostra-nos como dar luz à solidão e triunfar alto, onde só tu podes brilhar.

Lune
Qui là-haut s'allume
Sur
Les toits de Paris
Vois
Comme un homme
Peut souffrir d'amour

Bel
Astre solitaire
Qui meurt
Quand revient le jour
Entends
Monter vers toi
La chant de la terre

Entends le cri
D'un homme qui a mal
Pour qui
Un million d'étoiles
Ne valent
Pas les yeux de celle
Qu'il aime
D'un amour mortel
Lune

Lune
Qui là-haut s'embrume
Avant
Que le jour ne vienne
Entends
Rugir le cœur
De la bête humaine

C'est la complainte
De Quasimodo
Qui pleure
Sa détresse folle
Sa voix
Par monts et par vaux
S'envole
Pour arriver jusqu'à toi
Lune!

Veille
Sur ce monde étrange
Qui mêle
Sa vois au chœur des anges

Lune
Qui là-haut s'allume
Pour
Éclairer ma plume
Vois
Comme un homme
Peut souffrir d'amour
D'amour

"Lune", Notre Dame de Paris, 1998

domingo, 19 de julho de 2009

Pelo sonho é que vamos

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.

Pelo Sonho é que Vamos, Sebastião da Gama

E depois sentaste-te, com as pernas ainda um pouco a tremer e as imagens pouco nítidas. Havias acabado de o dizer a toda gente. "Basta a fé no que temos./Basta a esperança naquilo/que talvez não teremos". Pelo sonho é que vamos. Foi o que escolheste para te levantares, nesse dia, e proclamares perante o mundo inteiro. Éramos poucos, na verdade, mas foi como gritar para que todo o mundo pudesse ouvir. É irónico, não é? Acabou por ser um grito com a voz embargada, nesse dia que prometia ser solene... "Não vás", disseram-te, "ninguém estaria em condições e não precisas de fazê-lo, sobretudo hoje". Mas tu achavas que sim e avançaste com a determinação de quem jurou lembrar tudo o que vivemos.

Nessa manhã, o telefone tocou. A madrugada havia sido longa, prolongando o dia anterior pela noite que não dormiu; mas a manhã acabou por raiar, trazendo consigo apenas uns escassos momentos de descanso, justamente até àquele momento. Muito ao longe, pareceu-te que alguém tocava à porta, mas depois nada mais se ouviu e logo tudo se desvaneceu nessa mesma fugacidade com que chegara; julgavas que o tumulto era apenas parte de um sonho. E depois foi o telefone... Contudo, desta vez parecia mesmo real. Sempre prometeste que um dia irias aprender a desligar o telefone durante a noite, mas sempre adiaste esse dia para o dia seguinte. Talvez amanhã o faças. Hoje ainda não.

E atendeste, não conseguindo distinguir se te encontravas ainda na manhã de ontem ou já na véspera de amanhã. Uma voz de choro. Eram lágrimas, mas não palavras, que se ouviam ou que, na realidade, tentavam fazer-se ouvir, no meio de tudo. Ao longe, muito ruído. E foi tudo muito confuso, tão confuso que, ainda antes de perceberes uma palavra que fosse do que tentavam dizer-te, já tinhas compreendido tudo. Como se te tivessem apanhado de surpresa, mas já o soubesses. Acontecera. Mas como pudera deixar-nos sem sequer nos despedirmos? Não, não é possível. Este dia só deveria chegar muito tempo depois, quando, passado tudo o que devera ter-se passado, tivéssemos dito essa palavra que foi feita para não ser dita.

Adeus. Nunca tivemos essa oportunidade. Nunca no-la deram, também... E agora, como vais descobrir o que foi que ficou por dizer? Como pode ser que esse momento que todo o sentido nos dá seja esse mesmo que tudo nos leva também?

Mas não estavas na disposição de o permitir, nesse dia. Não! Não é verdade. Não pode ser verdade, porque sempre prometemos que este dia só chegaria depois de dizermos o quanto tudo foi importante, o quanto todos esses momentos que vivemos tiveram um sentido, o quanto todos esses dias nos trouxeram vida. E negaste-o, só tu sabes como o negaste com todas as forças do teu ser, porque só podia existir o que fosse lógico e racional. E isto não era, nem nunca o poderia ser, muito simplesmente. E assim o disseste a quem te quisesse ouvir, que não era verdade, que, por tudo aquilo que poderia fazer sentido, isto nunca poderia ser verdade.

Ah, como a juventude dos teus dias ainda te permitia nesse dia que o dissesses sem que não pensassem todos que era apenas um rasgo inocente daquela dor imaculada de alguém que está a aprender a senti-la pela primeira vez. Mas tu continuaste sempre a negá-lo, mesmo que já não o dissesses ou admitisses. E até que ponto não continuarás ainda a negá-lo? Quando esperas que o telefone toque para dizer que afinal era aquilo que tinham para te dizer e nunca chegaram a dizer-to, porque não tiveram tempo. Quando receias caminhar na plena escuridão de uma madrugada sombria e os reflexos brancos te gelam o âmago. Quando compreendes agora aquela ausência que tanto condenaste e que justificas agora como o gesto de altruísmo (que, ainda assim, continuas a contestar com todas as tuas forças) de quem tentava apenas poupar-te à dor de dizer aquela palavra que tudo leva consigo. Adeus. Ou até quando repetes para ti que, se calhar, até o que nunca poderá ter um sentido acaba por ter uma justificação em si. E assim, mesmo quando pareces aceitá-lo para ti, continuas a negá-lo.

De resto, juraste que estarias sempre à altura de tudo. Que levarias agora em ti o fulgor de - já não uma! -, mas duas vidas, o querer de duas vontades, o bater de dois corações. Juraste dar mais dias e mais vida a quem deixaram de os contar. E, no mais íntimo de ti, continuas a acreditar que algum dia lhos hás-de restituir, quanto te disserem que, efectivamente, nada daquilo aconteceu de verdade, porque só existe o que é real. E só pode ser real o que faz sentido.

Porque juraste levar em ti a vida que pertence a duas vidas, pela justiça que tem que haver.

Dizem que tudo se passou no dia de um santo. Pois que a todos nos abençoe!

"Não vás. Não precisas de o fazer, sobretudo hoje." Levantei-me. As pernas a tremer, a voz embargada. Levantei-me. Levantei-me e pude gritar. Levantei-me e pude chorar. Levantei-me e pude chorar-te, pelo menos uma vez (porque, de resto, recusei-me sempre a fazê-lo depois). Mas levantei-me.

Pelo sonho é que vamos.